segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Meu Deus
Não nos entregue ao desespero
Á dor
Ao amofinamento
Enquanto os velhos do Congresso
Os lacaios do poder
Squeiam o país
Temos Cora Coralina
Do Goiás velho
Espalhando doces e rosas
Drummond e o sangue do leiteiro
Misturado ao leite
Um filete rosa
Nos sonhos do povo
Para cada vendilhão dos templos
E do congresso
Nasce um Zumbi da esperança
Diante de cada ratazana de terno e gravata
Surge um Manoell de Barros
Um Gullar com seus galos
Tecendo manhãs
Um velhinha de cocó ajoelhada
Um agricultor desenhando
Girassóis e cafezais
Em Araguari
Para cada conde drácula que suga
O sangue do povo
Existe um trabalhador que acorda todas as manhãs
Elaborando sonhos
E pisando firme no chão da vida
Há um Caio Fábio que alimenta a alma
E aprofunda nossa consciência no evangelho
Um Bregantim que ajunta os samaritanos na paulicéia desvairada
Há um serzinho que emerge das sombras
Pra nos fazer enxergar os luzeiros do mundo..
E como disse um dia o velho amigo Dorval
Se todos fossem Genésios
Não haveria justiça nem congresso nacional
Fome já não haveria
Papel era poesia
O sertão virava mar
E a vida assim seria
Um eterno carnaval...

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